domingo, 1 de fevereiro de 2009

A Vida e o Amor



A vida e amor são eternas filosofias.
Na realidade ela começa quando somos concebidos – depois, quando estamos na gestação do útero materno; e, quando enfim, colocamos nossa cabeça para fora ao nascer e, encaramos o mundo real e material.
Começa-se o mistério da vida...
Vida!... Vida que queiramos ou não, é nossa vida. É nesse sentido, nossa razão de ser, de vivê-la... Tão profundamente, como profundo é o seu mistério; e tão profundo quanto à semente (óvulo / espermatozóide) colocada no âmago do colo uterino. Porém, não tão profundo que não possamos tocá-la e, nem tão profundo que nos torne impossível amá-la.
É filosófico sim, também comparar o amor dentro deste sentido profundo. É tão comparativo... Tão real... Que jamais explicaremos realmente a origem do amor que sentimos ou, o desejo que temos por uma outra pessoa quanto o próprio mistério da vida, mas que estão intrinsecamente relacionados entre si. Pois que, constituem o sentido ou a razão de ser da vida conjunta, da vida a dois – ou, do compartilhar lado a lado uma vivência.
Ah, o amor!... Amor!... Maravilhosa aventura das epopéias homéricas, ou shakespeariana, ou ainda, dantesca, que muitos já sepultaram nas fugas da vida, da felicidade, dos conflitos, da paz...
Mistério e aventura se confundem nesta ordem também, porque o que é misterioso e desconhecido – é sempre divino e atraente e a aventura é uma atraente e divina experiência. O que aos hipócritas parece ser impossível – a nós amantes, nos é impulsionado numa aventura louca em sua realização, numa simplicidade infantil e num determinismo místico, que a estes assustam e empobrecem o espírito. Aos verdadeiros amantes não há o mistério e, aos fortes e destemidos (chamados aventureiros) não existe fronteiras ou coisas impossíveis de realização numa aventura.
A vida e o amor são fatos abstratos que acontecem concretamente em nossas vidas, assim como, o mistério e a aventura.
Pela vida, queremos sempre saber: o por quê? O para quê? O como?...
Droga!... Que tal, se em vez de tantas perguntas tolas, não olhamos para nós mesmos e vejamos a beleza que somos? Não nos importando se somos negros, brancos ou asiáticos, altos ou baixos, magros ou gordos, etc.; mas sim, que somos um ser animal/humano – porém divino.
No amor, queremos sempre saber: será que vai dar certo? Será que os outros aprovarão? Será que eu escolhi direito? Será que vai ser meu/minha mesmo?...
Tanto serás!...
Que tal, se em vez de tantos serás hipócritas, não lhe bastasse somente uma pergunta: a vida é minha? Ou simplesmente, bastasse uma afirmativa: Eu sinto amor e isto me basta.
O amor é toda uma explosão de sentimentos, em que não há uma ordem de sentido... Existe sim, somente vida. Você simplesmente o sente – maternal, paternal, fraternal, visual, sexual, platônico, espiritual, material, etc.
Devemos acreditar que, toda atratividade que se sentimos por outra pessoa, além de você mesmo – é amor. Não há, portanto, fronteiras nem limites para este sentimento, ou esta emoção de retorno à vida.
Porém, quando pomos fronteiras ou limite para esta vida ou este amor, neste momento, se inicia o linear da loucura, da solidão, da desesperança, da infelicidade, do abandono. Mascarando-se assim, para a hipócrita sociedade que nos cerca, tornando-os egoístas e cegos; pois que, se pretendem ser donos absolutos do próprio Universo.
Por que se ter medo ou dúvida da vida, se “deuses” de uma razão – que dizem ser universal? Por que então, por fronteiras ou limites quando dizem a plena voz, que são donos absolutos dessa verdade?
Na vida e no amor, não há verdades absolutas para o conhecimento humano, posto que são mistérios e aventuras (momentâneas ou eternas), que devem ser sentidos e/ou experimentadas na própria pele. Necessitando somente, de coragem e do desejo de querer; ou ainda, de uma vontade perseverante de se assumir para tal empreendimento. Tal qual uma criança ao nascer, que querendo sair ao mundo e, o canal uterino é estreito – necessitará fazer-se uma cesárea, senão ela perecerá; assim é o amor, que quando brotar em nossa alma e, se ele não se realizar, necessitará lutar – desprender-se de dogmas ou tabus mascarados para se completar como homem, como mulher... Porém, jamais se usar o processo do fórceps neste caso, porque o amor não se força ou se arranca de alguém. E, tal como neste parto difícil, que necessitou da ajuda médica para ser coroado de êxito o nascimento; nosso amor deve-lhe ser âncora, que lhe sustentará e apoiará nas suas decisões de vida.
Mas, voltando ao início desta afirmativa, pois para mim é real: em que sou vida, sou amor... Portanto, um eterno ser filosofando a realidade da vida, que a hipocrisia social teima em colocar fronteiras ou limites, entre máscaras de dogmas e tabus – para manter em seu seio os incrédulos e os fracos acorrentados em si mesmos.
Cegos aos mistérios e aleijados para a aventura, ficando presos a fantasias de uma vida, em suas hipócritas razões universais.
Venham comigo, libertem se na maravilhosa aventura do amor.
Venham comigo, descortinemos os mistérios da vida juntos.
Venham comigo, na descoberta de um mundo novo...
Que sou eu, que é você, ou que, sejamos simplesmente... nós dois, ou todos nós juntos...
O ontem!... Pouco importa – já passou.
O hoje!... Dependerá unicamente de nós, basta querer vivê-lo.
O amanhã!... Não sabemos... Pertence ao Inominável; porém,... Vamos descobri-lo juntos? É só você querer!... Lembra-se?...
Se, “querer é poder”, portanto!... Poder também é querer... E, você pode e quer! O meu amor é para você, sempre...
M’Penda Kazembe

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